Júri conclui que Moussaoui pode ser condenado à morte

Agora o caso passará para uma segunda fase, na qual será determinada a punição do réu: a execução ou a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os jurados do caso de Zacarias Moussaoui, o único terrorista processado nos EUA pelos atentados de 11 de Setembro, chegaram a um veredicto nesta segunda-feira, considerando o réu elegível para a pena de morte. O júri considerou que o fato de Moussaoui ter mentido sobre sua relação com a Al-Qaeda contribuiu para as mortes no ataque. Agora o caso passará para uma segunda fase, que determinará se ele será condenado à morte. Vítimas dos ataques do 11 de setembro e suas famílias irão testemunhar nesta segunda etapa. O júri começou a deliberar sobre o destino de Moussaoui na quarta-feira. Durante as reuniões os jurados fizeram apenas uma pergunta, procurando uma definição para "armas de destruição de massa". Uma das três acusações pelas quais Moussaoui poderia ser executado é conspiração para uso de armas de destruição em massa. A promotoria disse ao júri que um avião usado como míssil, tática empregada nos ataques ao Word Trade Center e ao Pentágono em 2001, pode ser considerado uma arma de destruição em massa. Moussaoui declarou-se culpado em abril por conspirar com a Al-Qaeda para seqüestrar um avião e outros crimes. Na época, ele negou ter participado dos planos do 11 de Setembro, afirmando que foi treinado para um outro ataque. Contudo, ele mudou sua história quando disse que deveria ter seqüestrado um avião e jogado contra a Casa Branca. Ele estava preso quando os ataques aconteceram. A Promotoria argumenta que os agentes federais poderiam ter impedido ou minimizado o efeito dos ataques caso Moussaoui tivesse revelado sua relação com a Al-Qaeda e seus planos terroristas quando foi preso e interrogado pelo FBI.

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