Justiça americana não libera lutador brasileiro

A estratégia da defesa do brasileiro é comprovar que o lutador sofre de distúrbios mentais

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Por Agencia Estado
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Depois da terceira audiência consecutiva, a Justiça americana decidiu nesta sexta-feira, 15, manter preso numa cadeia em Loudon, no Estado da Virgínia , o lutador gaúcho de jiu-jitsu Carlos Alberto de Oliveira, 43. O brasileiro foi detido por agentes do FBI, na terça-feira, quando causou distúrbios durante o vôo 890 da United Airlines, que seguia de Los Angeles, na Califórnia, para Washington. Oliveira não poderá ser liberado até que se confirme que suas atitudes não foram premeditadas. O que o livraria de um crime federal. Segundo os advogados indicados pela Justiça para acompanhar o caso, Lorie O´Donnell e Paul Chermont, a defesa do lutador brasileiro será baseada num apelo de sua insanidade mental. Por ordem do juiz, Oliveira deve realizar testes num hospital psiquiátrico da Virgínia já na próxima semana. Com isso, os advogados esperam reverter as acusações da promotoria que exigiu da Justiça americana "muito cuidado" e o levantamento dos antecedentes criminais do acusado no Brasil, onde ele teria sido condenado por tráfico de lança perfume. Lorie O´Donnell quer evitar que os problemas de Oliveira fora dos Estados Unidos sejam considerados relevantes e espera que o laudo do hospital comprove os problemas psiquiátricos do lutador. "Assim esperamos obter uma pena menor", disse ela. A promotoria pediu cinco anos de reclusão para o caso de Oliveira ser condenado apenas pelos transtornos causados no vôo da United. O lutador brasileiro continua sob a custódia do FBI na Virgínia, mas a porta-voz da polícia federal americana, Debbie Weierman, acredita que "ele não tenha nenhuma ligação com grupos terroristas e deva mesmo ser ´doente´. Porque ninguém brigaria duas vezes com autoridades policiais em menos de 24 horas", disse ela. Além da confusão no vôo 890, o lutador se envolveu numa briga com agentes penitenciários da cadeia onde está detido. Oliveira está preso desde a terça-feira, 12, quando deu socos no ar, gritou muitos palavrões em português e tentou abrir a porta traseira de emergência do Airbus 320 da United logo após a decolagem. O mais provável, segundo Chermont, "é que o laudo médico confirme o distúrbio mental de Oliveira e ele responda apenas pelo tumulto causado durante o vôo".

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