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Justiça argentina nega prescrição de processo contra Carlos Menem

Ex-presidente é acusado de fraude na administração pública por corrupção no espaço radioelétrico

Por Efe
Atualização:

BUENOS AIRES- Um tribunal de Buenos Aires rejeitou a prescrição do processo contra o ex-presidente argentino Carlos Menem por corrupção na concessão do espaço radioelétrico à empresa francesa Thales Spectrum em 1997, informou nesta terça-feira, 27, o Centro de Informação Judicial (CIJ).

 

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A defesa de Menem tinha pedido a prescrição do processo, que foi aberto em 2003, mas o recurso foi rejeitado e considerado "inadmissível".

 

Em fevereiro passado, outro tribunal rejeitou uma apelação similar. Com isso, só resta a Menem recorrer à Suprema Corte argentina, mas isso não interromperá a continuidade do processo, que está prestes a passar a julgamento oral, acrescentou a fonte.

 

Menem, de 80 anos, foi presidente entre 1989 e 1999 e teve embargados bens de US$ 51 milhões. Ele é acusado de fraude na administração pública, segundo o juiz federal Norberto Oyarbide.

 

O juiz investigou o caso a partir de declarações do diretor de uma empresa suíça que disse ter intervindo no pagamento de subornos de US$ 25 milhões ao governo Menem.

 

Em julho de 1997, a Thales Spectrum, que então operava sob o nome de Thompson, assinou um contrato com o governo Menem no valor de US$ 500 milhões para cuidar, durante 15 anos, da cobrança de direitos pelo uso do espaço radioelétrico argentino.

 

Em janeiro de 2004, o governo do presidente Néstor Kirchner (2003-2007) cancelou a concessão por descumprimento dos investimentos acordados no contrato.

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