O Tribunal Superior de Londres rejeitou nesta quinta-feira, 16, o recurso contra a liberdade condicional ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Ele será libertado após pagar à vista a fiança de £ 200 mil ( cerca de R$ 533 mil). Outras £ 40 mil devem ser dadas como garantia. O australiano terá de entregar seu passaporte, usar uma pulseira de identificação e se apresentar diariamente à polícia.
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O juiz Duncan Ouseley rejeitou o pedido da promotoria britânica contra a libertação do fundador do WikiLeaks, decidida por um tribunal de Westminster na última terça-feira.
"Vou conceder a liberdade condicional sob fiança", disse o juiz na sentença. Assange deve voltar aos tribunais em fevereiro, quando seu pedido de extradição para a Suécia deve ser julgado.
Aplausos tomaram conta do tribunal após a leitura do veredicto. De terno escuro, Assange sorriu e fez um sinal de positivo ao saber da decisão.
Em sua exposição, os promotores que o fundador do WikiLeaks poderia fugir se fosse libertado, mas o juiz desconsiderou os argumentos.
"Não acredito que o senhor Assange tenha incentivos para não cumprir a condicional. Ele claramente tem vontade de limpar seu nome", disse o Ouseley.
O fundador do WikiLeaks, responsável pelo vazamento de 250 mil mensagens diplomáticas do departamento de Estado americano, chegou ao tribunal em uma van do serviço penitenciário britânico."Acreditamos que teremos o dinheiro para a fiança hoje. Já está no banco, aparentemente. Tivemos promessas de pessoas que já o apoiaram anteriormente", disse o advogado de Assange, Mark Stephens, antes da audiência. "Todos eles se manifestaram e foram muito generosos em apoiá-lo financeiramente".Assange, de 39 anos, foi preso no último dia 7 após a justiça da Suécia emitir um pedido de prisão internacional por meio da Interpol. Assange é acusado de manter relações sexuais sem preservativos com duas mulheres suecas, à revelia delas.Entre as personalidades que apoiam Assange, estão os escritores Tariq Ali e Hanif Kureishi, a ativista Bianca Jagger, e os cineastas Ken Loach e Michael Moore.
Com Efe, AP e Reuters