07 de junho de 2019 | 12h07
LONDRES - O Tribunal Superior de Londres desistiu nesta sexta-feira, 7, de processar o ex-ministro de Exteriores Boris Johnson por mentir durante a campanha do Brexit. O ativista Marcus Ball apresentou no mês passado uma denúncia particular na qual acusava o favorito para suceder Theresa May no cargo de primeiro-ministro de má conduta em um cargo público.
Segundo Ball, o ex-prefeito de Londres afirmou durante a campanha do plebiscito da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que o país alocava no bloco comunitário 350 milhões de libras semanais.
"O Reino Unido nunca enviou, ou deu, 350 milhões de libras por semana", havia afirmado um dos advogados, Lewis Power, ao apresentar o caso há dois semanas no tribunal londrino de Westminster Magistrates. "Johnson sabia que essa cifra era falsa eainda assim, optou por repeti-la, uma vez e outra", afirmou.
"A democracia exige uma liderança responsável e honesta por parte das pessoas que ocupam funções públicas", acrescentou o advogado.
O político, que aparece como grande favorito entre os 11 candidatos declarados para substituir May na liderança do Partido Conservador e do governo, nega as acusações. Seu advogado, Adrian Darbishire, afirmou que a acusação é inadequada e se trata de uma manobra política.
Os juízes do tribunal londrino determinaram que as razões da anulação serão divulgadas outro dia. / EFE e AFP
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