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Justiça chilena ordena abertura do testamento de Augusto Pinochet

Documento foi embargado por mais de cinco anos em investigação sobre enriquecimento ilícito

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Por Redação
Atualização:

SANTIAGO - Passados mais de cinco anos depois da morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, a Justiça chilena ordenou a abertura do seu testamento para esta quarta-feira, 25. O documento foi embargado por uma investigação que tentava descobrir a origem de sua fortuna, estimada em 26 milhões de dólares.

PUBLICIDADE

Veja também:link Governo chileno propõe tirar dos bancos o financiamento da educaçãoO testamento de Pinochet, morto no dia 10 de dezembro de 2006, está sob custódia de um escrivão em Santiago. Ele e outros dois testemunhos foram os únicos presentes na abertura do documento, disse uma fonte que não quis ser revelada à agência AFP.

A viúva do ex-ditador, Lucia Hiriart, e seus cinco filhos não estarão presentes na abertura do documento, modificado por Pinochet um ano antes de sua morte. Até hoje, a família se negou a abrir o testamento, para não evidenciar seus favoritismos. "Nós, filhos, não estamos interessados em abrir algo que está embargado. O testamento pode até nos trazer problemas, como um receber mais do que outro, o que é provável", disse a filha mais velha Lucía Pinochet ao jornal La Segunda em outubro do ano passado.

Nesta terça-feira, 24, Lucía denunciou a "perseguição política" contra a figura de seu pai, e disse não ter expectativas quanto ao conteúdo do documento.

Dos 26 milhões de dólares calculados sobre a fortuna de Pinochet, 20 milhões estão depositados em contas bancárias no exterior. Os outros 6 milhões estão avaliados em propriedades e contas no Chile. A família declarou que o dinheiro provém de poupanças e investimentos realizados pelo ex-ditador.

A Justiça chilena tenta resgatar parte do dinheiro para assegurar o pagamento de eventuais indenizações por processos judiciais em curso e de impostos devidos, disse a fonte à AFP.

Em fevereiro, a filha mais nova de Pinochet disse em entrevista que teve que vender suas joias e móveis para viver. Com informações da AFP

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