11 de fevereiro de 2015 | 17h09
ROMA - O capitão do navio Costa Concordia Francesco Schettino foi considerado culpado e condenado nesta quarta-feira, 11, a 16 anos de prisão pelo naufrágio da embarcação em janeiro de 2012 na Itália, que deixou 32 mortos.
Schettino foi condenado por homicídio culposo e abandono da embarcação. A decisão foi anunciada pelo presidente do colégio de juízes do tribunal de Grosseto, Giovanni Puliatti, depois de sete horas de deliberações.
Costa Concordia volta a flutuar na Itália
O processo durou um ano e meio e a promotoria pedia 26 anos e três meses de prisão.
O capitão, único acusado, afirmou no tribunal que a responsabilidade da tripulação no acidente foi ignorada pelo tribunal. “Passaram para a imprensa mundial uma imagem minha que não corresponde à realidade”, afirmou, chorando.
Além da prisão, Schettino foi condenado a ficar cinco anos sem comandar uma embarcação e está proibido de exercer cargos oficiais.
Schettino, 54 anos, ficou conhecido na Itália como “o capitão covarde” por ter abandonado o navio durante o naufrágio. Na época do acidente, gravações entre ele e o chefe da Capitania dos Portos em Giglio mostraram o capitão sendo duramente cobrado. “Volte a bordo, c.”, gritou o oficial quando ouviu, do próprio Schettino, que ele havia deixado o Concordia.
O navio de cruzeiro com 4.229 pessoas a bordo naufragou em 13 de janeiro de 2012 a poucos metros da ilha de Giglio, após bater em pedras porque estava navegando muito próximo da costa. Apenas no ano passado, a embarcação foi retirada do local do naufrágio, após diversas operações.
Schettino foi preso no dia seguinte ao naufrágio e alegava que havia caído em um dos botes e não abandonado o navio. No fim de 2013, um tripulante prestou depoimento afirmando que o capitão deixou a embarcação voluntariamente. Em dezembro do ano passado, uma gravação mostrou o capitão esperando por um bote, desmentindo a versão de Schettino. /AFP e EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.