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Justiça condena ''Gigolô Suíço''

Entre vítimas de extorsão, a herdeira da BMW

Por Associated Press
Atualização:

Um tribunal de Munique, sul da Alemanha, condenou ontem o suíço Helg Sgarbi a 6 anos de prisão por ter chantageado quatro mulheres ricas - entre elas, Susanne Klatten, a herdeira da montadora alemã BMW. Sgarbi, de 44 anos, recebeu o apelido de "Gigolô Suíço" da imprensa alemã e admitiu ter seduzido suas vítimas e feito com que elas lhe pagassem cerca de 10 milhões para que ele não revelasse vídeos e fotos "comprometedores". A identidade das outras vítimas não foi reveladas. "Eu me arrependo do que fiz", disse o suíço, que estudou Direito e fala seis idiomas. "Peço desculpas às mulheres envolvidas." Sgarbi conheceu Susanne, de 46 anos, num spa na Áustria, em julho de 2007, e começou um relacionamento com a herdeira - casada e mãe de três filhos -, um mês depois. Ele se apresentou para Susanne como um enviado especial militar para zonas de guerra. O suíço reconheceu ter recebido 7 milhões de Susanne após ter dito que precisava do dinheiro para o tratamento de uma criança que teria ficado paraplégica, depois de ter sido atingida por seu carro. No entanto, após o primeiro pagamento, ele exigiu que a amante depositasse 290 milhões em uma conta aberta por ele. Quando ela se recusou, ele ameaçou revelar para a família de Susanne e a imprensa vídeos íntimos do casal gravados nos quartos de hotéis onde mantinham seus encontros. Susanne - eleita a 68º pessoa mais rica do mundo pela revista Forbes no ano passado, com uma fortuna estimada em 7,58 bilhões - recusou-se a pagar a quantia. Em janeiro de 2008, ela procurou a polícia para denunciar o gigolô, que foi preso pouco tempo depois. A promotoria havia pedido pena mínima de 10 anos para Sgarbi, mas ao ter confessado os crimes de fraude e chantagem, o juiz decidiu reduzir sua sentença.

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