
08 de agosto de 2017 | 13h04
SEUL - A Justiça da Coreia do Sul condenou nesta terça-feira, 8, o grupo japonês Mitsubishi Heavy Industries a indenizar as mulheres sul-coreanas que foram escravizadas durante a 2.ª Guerra.
O tribunal de distrito da cidade de Gwangju decidiu que a empresa deve pagar 120 milhões de wons (€ 90 mil) a Kim Young-Ok, de 85 anos, e 3,25 milhões de wons a um parente de Choe Jeong-Rye, já morta, informou o grupo de defesa das vítimas. Esta é a segunda decisão do tipo em quatro anos.
A península coreana permaneceu sob domínio colonial do Japão de 1910 a 1945. O idioma coreano era proibido nas escolas e os coreanos eram obrigados a ter nomes japoneses. Centenas de milhares de cidadãos coreanos foram recrutados à força para as linhas de frente, como mão de obra gratuita ou escravas sexuais, as chamadas "mulheres de conforto".
O tema afeta há várias décadas as relações diplomáticas entre Coreia do Sul e Japão, ambos aliados dos EUA ante as crescentes ameaças da Coreia do Norte.
"Saudamos a decisão. É outra vitória na Justiça para as vítimas e seus parentes", declarou Lee Kuk-Un, que preside o grupo de apoio.
As vítimas, que eram adolescentes na época, trabalharam sem receber salário em uma fábrica de aviões da Mitsubishi em Nagoya em 1944. Elas receberam a promessa de que no Japão seriam remuneradas e poderiam estudar.
Um total de 14 denúncias, que envolvem quase 1 mil vítimas sul-coreanas, foram apresentadas contra a Mitsubishi e outras empresas japonesas para pedir compensações por escravidão durante a guerra. / AFP
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