10 de maio de 2011 | 17h07
O caso havia sido remetido à Corte Europeia de Justiça por um tribunal trabalhista de Hamburgo, porque a prefeitura da cidade alemã havia negado a um funcionário administrativo, vivendo em união civil com um parceiro há mais de dez anos, um benefício tributário habitualmente concedido a pessoas casadas que se aposentam depois de pagarem previdência privada suplementar.
"Uma pensão suplementar por aposentadoria paga a um parceiro numa união civil, sendo menor do que a concedida num casamento, pode constituir uma discriminação por orientação sexual", disse a CEJ em sua sentença.
A decisão pode ter repercussões para fundos de pensão e outros órgãos previdenciários em todos os 27 países da UE, que agora seriam obrigados a conceder pensões mais elevadas ou mesmo retroativas a pessoas com união estável homossexual.
A corte disse que o peticionário havia pagado contribuições previdenciárias iguais às de seus colegas casados, e que teria recebido uma aposentadoria maior caso fosse casado com uma mulher.
A decisão da CEJ cria jurisprudência e deve ser aplicada em todos os Estados membros.
"As mesmas obrigações recaem tanto sobre parceiros registrados quanto para cônjuges casados", disse a sentença. "O direito ao tratamento igual pode ser reivindicado por um indivíduo contra uma autoridade local."
(Reportagem de Christopher Le Coq)
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