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Justiça dos EUA amplia acusações no ''''caso da maleta''''

Por Associated Press , France Presse e Reuters
Atualização:

A promotoria dos EUA afirmou ontem que o empresário venezuelano Guido Antonini Wilson recebeu uma oferta de US$ 2 milhões para não revelar a origem e o destino dos US$ 790 mil que levava numa maleta e com os quais tentou entrar na Argentina em agosto, no episódio conhecido como "escândalo da maleta". Segundo o promotor Thomas Mulvihill, os três venezuelanos presos nos EUA na semana passada acusados de ser agentes da Venezuela teriam tentado subornar Antonini. Mulvihill disse que a família do empresário também recebeu ameaças para acobertar o envio do dinheiro. Em conversas gravadas, os três venezuelanos e um uruguaio que foi detido com eles haviam afirmado que a quantia levada por Antonini era para a campanha de Cristina Kirchner, que assumiu na semana passada a presidência argentina. Se forem condenados, os venezuelanos podem ser sentenciados a 10 anos de prisão e a US$ 250 mil de multa. Ontem, o governo argentino convocou o embaixador dos EUA em Buenos Aires, Earl Wayne, para uma reunião que servirá para "transmitir seu mal-estar" após a acusação de que o dinheiro seria uma doação do governo venezuelano para a campanha de Cristina Kirchner. Já Caracas qualificou a prisão dos venezuelanos de "uma manobra de guerra" de Washington com o objetivo de dividir a América Latina.

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