Justiça dos EUA autoriza fiança de US$ 1 milhão a Strauss-Kahn

Ex-diretor-gerente do FMI deverá permanecer em casa enquanto aguarda julgamento em Nova York

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Atualização:

Atualizado às 17h04

 

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NOVA YORK - A Justiça dos EUA autorizou nesta quinta-feira, 19, a liberdade condicional sob pagamento de fiança ao ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, indiciado formalmente por delitos ligados ao suposto ataque contra uma camareira do hotel onde estava hospedado no último final de semana. Após pagar a quantia estipulada, de US$ 1 milhão, ele deve permanecer em prisão domiciliar para aguardar o julgamento.

 

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De acordo com o correspondente do estadão.com.br em Nova York, Gustavo Chacra, não está claro se Strauss-Kahn ficará na cidade, onde foi preso, ou em Washington, onde tem casa. A filha do ex-chefe do FMI, segundo Chacra, vive em Manhattan. Ela estuda Ciências Políticas na Universidade de Columbia.

 

Strauss-Kahn foi ao tribunal nesta quinta para ser ouvido sobre o caso e foi indiciado formalmente. Ele está preso desde sábado, quando foi acusado de tentar estuprar a camareira. A Justiça americana já havia negado um outro pedido de fiança estipulado em US$ 1 milhão.

 

O ex-diretor-gerente do FMI retornou à prisão de Rikers Island, em Nova York, onde era mantido preso. Quando deixar o presídio, terá que usar uma pulseira eletrônica que controlará seus deslocamentos. DSK, como é conhecido na França, estará ainda submetido a vigilância de câmeras 24 horas por dia, segundo a decisão do juiz.

 

Apelo

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Os advogados de defesa de Strauss-Kahn haviam afirmado que seu clienta era um "homem respeitável" e não tentaria fugir se lhe fosse conferida a liberdade condicional sob fiança. A promotoria, porém, havia afirmado que o francês tinha boas razões para escapar "caso fosse libertado". O juiz, porém, concordou com os representantes do ex-diretor-gerente.

 

Pressionado, Strauss-Kahn deixou o cargo nesta quinta. Em comunicado divulgado durante a madrugada, o FMI anunciou que DSK apresentou sua renúncia perante o diretório da instituição financeira e negou "com veemência todas as acusações" apresentadas contra ele.

 

Segundo a nota, Strauss-Kahn tomou essa decisão "com infinita tristeza" e pensando, em primeiro lugar, em sua esposa, filhos, família e amigos. No breve comunicado também se dirige aos colegas de FMI: "alcançamos grandes conquistas nos últimos três anos e meio", indicou. Ele ainda acrescenta em sua carta que tomou a decisão porque quer proteger o FMI, ao qual serviu "com honra e devoção".

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