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Justiça dos EUA recusa-se a exigir informação sobre espionagem

O comitê de três juízes afirmou não ter jurisdição para atender ao pedido do réu

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma corte de apelações federal recusou-se a ordenar que o governo dos EUA entregasse informações sobre o sistema de escutas clandestinas da Agência de segurança Nacional (NSA) a um homem acusado de terrorismo. A Corte de Apelações do 2º Circuito tomou a decisão no caso de Yassin Aref, um imã de Albany, acusado de lavar dinheiro para um informante do FBI que se fazia passar por traficante de armas. Aref exigia saber se alguma parte das provas usadas contra ele teriam tido origem no programa de escutas que é executado sem mandado judicial. Grupos de defesa dos direitos civis questionam a legalidade desse programa. O imã queria que o tribunal forçasse a NSA a revelar detalhes das escutas, declarasse o programa todo ilegal e invalidasse todas as evidências geradas por ele. A União de Liberdade Civis de Nova York apoiou a demanda. Boa parte do debate legal em torno da questão está envolvo em mistério, por conta da natureza secreta do programa. Documentos importantes do caso só são mostrados a pessoas com autorização de segurança. O governo ofereceu à defesa de Aref versões editadas dos papéis, mas o réu queria um acesso maior. O comitê de três juízes afirmou não ter jurisdição para atender ao pedido do réu. Juntamente com Mohammed Hossain, Aref é acusado de lavar dinheiro, entre 2003 e 2004, para um paquistanês que se fazia passar por traficante de armas, mas que na verdade atuava em conjunto com o FBI.

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