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Justiça espanhola retira ordem de detenção europeia contra ex-governador da Catalunha

Além de beneficiar Carles Puigdemont, medida também se aplica aos quatro ex-conselheiros do seu gabinete que fugiram com ele para Bruxelas; fontes de tribunal espanhol disseram, no entanto, que ordem de prisão no país continua em vigor

Atualização:

MADRI - Um juiz do Tribunal Supremo da Espanha decidiu nesta terça-feira, 5, retirar as ordens europeias de detenção ditadas contra o ex-governador da Catalunha Carles Puigdemont e quatro ex-conselheiros do seu gabinete que fugiram com ele para Bruxelas.

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Os cinco se instalaram na capital belga há várias semanas enquanto a Justiça espanhola atua contra todos os integrantes do Executivo autônomo catalão, destituídos pelo governo espanhol em 27 de outubro por impulsionar um processo independentista.

Carles Puigdemont participa por videoconferência da abertura da campanha de seu partido para as eleições regionais da Catalunha Foto: EFE / Susanna Sáez

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O juiz Pablo Llarena considera que as ordens europeias emitidas contra eles pela Audiência Nacional devem ser retiradas porque agora todo o caso está sendo tramitado por ele e requer uma atuação única, já que, caso contrário, "poderia romper-se a continência da causa e dirigir o processo a respostas contraditórias e divergentes para os diferentes partícipes". 

No entanto, o juiz mantém a ordem de prisão na Espanha, segundo assinalaram fontes do tribunal. 

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A inesperada decisão foi anunciada um dia depois de Puigdemont e os outros quatro políticos participarem de uma audiência na Bélgica sobre o processo de extradição para a Espanha - o juiz belga teria que decidir até o dia 14 sobre o futuro deles.

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A notícia também coincide com o lançamento da campanha eleitoral para as eleições regionais na Catalunha, em 21 de dezembro, nas quais o ex-governador participa até o momento apenas através de videoconferências. / EFE e AFP

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