
25 de julho de 2012 | 03h01
Os crimes ocorreram entre 2000 e 2006, período em que Coulson e Rebekah comandavam o News of the World, tabloide dominical que Murdoch foi forçado a fechar, em julho do ano passado, em meio ao escândalo causado pelas escutas.
Rebekah e Coulson devem ser acusados especificamente de envolvimento na espionagem da caixa postal telefônica de Milly Dowler, uma menina de 13 anos sequestrada e morta em 2002. Em julho do ano passado, o caso ganhou nova força após a denúncia de que o detetive contratado pelo tabloide teria invadido o celular de Milly. Enquanto a polícia procurava pela garota, ele ouviu suas mensagens e apagou algumas para deixar espaço para novas, o que fez a polícia acreditar que ela estivesse viva.
Para tentar conter o escândalo, Murdoch pediu desculpas, aceitou depor no Parlamento e fechou o News of the World. "Não sou culpada por essas acusações", disse Rebekah em nota divulgada ontem. "Não autorizei nem estava ciente de qualquer grampo telefônico durante minha época como editora."
A pena máxima para as acusações é de 2 anos de prisão. A notícia é constrangedora para Cameron, pois Coulson também foi acusado de grampear os telefones de David Blunkett e Charles Clarke, ex-ministros do Interior em governos do Partido Trabalhista, hoje na oposição. / REUTERS
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