01 de agosto de 2013 | 15h07
O Tribunal Supremo da Itália confirmou nesta quinta-feira, 1, a condenação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi a quatro anos de prisão por fraude fiscal no caso Mediaset. A Corte, no entanto, considerou que a cassação por cinco anos de seus direitos políticos deve ser julgada por um tribunal de apelações em Milão, o que mantém aberta a possibilidade de ele seguir na vida política italiana.
Cinco juízes da suprema corte italiana examinaram o veredicto. Eles esperaram o fechamento dos pregões na Europa para anunciar a sentença.
Berlusconi, um bilionário magnata da mídia de 76 anos que foi por quatro vezes primeiro-ministro, diz ser implacavelmente perseguido por juízes esquerdistas que tentam subverter a democracia desde que ele entrou para a política em 1994.
O caso Mediaset foi sua primeira condenação definitiva em pelo menos duas dezenas de julgamentos por acusações que vão de fraude fiscal a sexo com uma prostituta menor de idade.Políticos da Itália estão em xeque diante de um veredicto que pode causar uma crise na instável coalizão do governo de Enrico Letta.
A denúncia. O ex-premiê e outros executivos são acusados de usar empresas estrangeiras sob seu controle para comprar direitos autorais de filmes americanos a preços inflacionados. De acordo com os promotores, parte da quantia declarada foi absorvida pelo grupo acusado, o que reduziu as obrigações fiscais do grupo Mediaset.
O grupo Mediaset é a maior empresa privada de telecomunicações da Itália e é de propriedade de Berlusconi. O caso havia sido suspenso em 2010 devido a uma lei de imunidade penal, mas foi retomado em 2011 após a revogação da medida. / COM REUTERS
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