ARGEL - O líder líbio, Muamar Kadafi, pediu aos líbios de todas as regiões do país que organizem nesta segunda-feira, 21, uma "marcha popular estratégica" em direção à cidade de Benghazi, com ramos de oliveira nas mãos para impedir "a agressão estrangeira", anunciou a agência oficial líbia "Jana".
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Segundo Kadafi, a manifestação, organizada na "luta contra a agressão estrangeira", deverá reunir dezenas de tribos líbias procedentes de todas as regiões do país em direção à segunda maior cidade líbia e principal reduto dos rebeldes.
Os participantes deverão levar ramos de oliveira em suas mãos para "apontar os problemas de forma pacífica e não dar motivo aos inimigos que atacam a Líbia e que buscam se apoderar de suas riquezas", afirmou a agência oficial.
Além disso, a "Jana" indicou que os participantes da passeata "serão acompanhados" por integrantes das tribos de Benghazi, "os mesmos que pegaram em armas contra as unidades das forças populares armadas", em referência às tropas do regime.
Por outro lado, o Ministério da Defesa líbio deplorou nesta segunda-feira, em comunicado citado pela agência oficial, que "as outras partes" não tenham respeitado o novo cessar-fogo declarado no domingo pelo Governo de Trípoli.
O Departamento de Defesa afirmou que as bombas e os mísseis continuam atingindo a Líbia e causando "dezenas de vítimas civis" e que os "terroristas filiados à Al-Qaeda prosseguem seus ataques armados".
Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá deu início no último sábado, 19, a uma intervenção militar no país, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.