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Kadafistas atacam refinaria da oposição

Ao menos 17 combatentes rebeldes foram mortos na primeira ampla ofensiva de forças leais ao ditador desde a tomada de Trípoli, há quase um mês

Atualização:

TRÍPOLIForças do ditador Muamar Kadafi atacaram ontem uma das refinarias mais importantes da Líbia, no Porto de Ras Lanuf. Pelo menos 17 combatentes opositores morreram no primeiro grande ataque dos soldados leais a Kadafi desde que a capital, Trípoli, foi ocupada pelos rebeldes, há quase um mês. A ofensiva mostrou que os kadafistas ainda têm poder de ataque, mesmo em áreas de controle da oposição.Partidários do regime de Kadafi controlam apenas quatro cidades em todo o país: Bani Walid, Sirte (a cidade natal do ditador), Jufrah e Sabha. Abdulrahman Busin, porta-voz do centro de operações militares do Conselho Nacional de Transição (CNT), disse que o ataque em Ras Lanuf seria uma resposta às notícias de que os opositores retomaram a produção de petróleo do país. O CNT não revelou quais refinarias estariam operando, mas garantiu que a de Ras Lanuf não era uma delas.Testemunhas disseram que cerca de 150 kadafistas chegaram em 15 caminhões e atacaram a entrada da refinaria com granadas de mão. As instalações petrolíferas não foram danificadas. Em Bani Walid, sete combatentes do CNT morreram e dez ficaram feridos nos confrontos pelo controle da cidade, onde, segundo rumores, um dos filhos de Kadafi estaria comandando as forças leais ao ditador. A oposição já domina metade da cidade, que continua sob bombardeio da Otan.Ainda ontem, o líder do governo interino da Líbia, Mustafá Abdel Jalil, fez um discurso em Trípoli a 10 mil pessoas. Ele pediu aos combatentes que não cometam ações de vingança.Reconhecimento. A China reconheceu ontem o CNT como o representante oficial do povo líbio. O governo de Pequim é um grande investidor na Líbia, onde 26 companhias chinesas têm negócios estimados em US$ 20 bilhões. A China era o único membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que não tinha aceitado as novas autoridades. O Brasil ainda não reconheceu. / NYT e REUTERS

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