02 de novembro de 2009 | 16h53
Na abertura de seu discurso ao júri, o promotor Alan Tieger classificou o massacre de aproximadamente 8 mil muçulmanos em julho de 1995 em Srebrenica como "um dos capítulos mais negros da humanidade". "O assassinato desses homens e a expulsão de mulheres, crianças e idosos não vieram de lugar nenhum", afirmou. "Esses crimes foram uma combinação da determinação do acusado de limpar o leste da Bósnia e assegurar o Estado Sérvio que ele previa."
Karadzic sofre duas acusações de genocídio e de nove outros crimes contra a humanidade relacionados às atrocidades ocorridas durante a guerra da Bósnia entre 1992 e 1995. O ex-líder recusou-se a entrar com uma defesa e alegou ser inocente. Se condenado, ele deve sofrer a pena máxima de prisão perpétua.
O boicote de Karadzic na semana passada frustrou dezenas de sobreviventes de guerra, muitos dos quais são testemunhas dos acontecimentos de Srebrenica, que viajaram centenas de quilômetros de ônibus para vê-lo enfrentar a Justiça, depois de 13 anos.
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