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Karzai pede aos EUA ajuda econômica para o Afeganistão

Em visita surpresa, secretário de Defesa nega necessidade de mudanças no governo , mas alerta para corrupção

Por Efe e Reuters
Atualização:

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, pediu nesta terça-feira, 8, ajuda econômica americana para garantir a segurança do país nos próximos 15 ou 20 anos. Ele se reuniu com o secretário de Defesa americano, Robert Gates, que chegou hoje ao Afeganistão para explicar a nova estratégia militar americana para o país ao governo local.

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 especialEspecial: 30 anos de violência e caos no Afeganistão"Esperamos que a comunidade internacional e em particular os EUA nos ajude a ter a capacidade econômica para manter uma força que proteja o país com um número adequado de efetivos", disse Karzai. O presidente afegão foi reeleito em novembro em uma eleição marcada por denúncias de fraude e corrupção. Antes de embarcar, Gates negou a necessidade de grandes mudanças no governo afegão, mas alertou para o risco de corrupção. "Estaremos todos observando as nomeações que forem feitas", disse Gates. "É importante para nós, em termos de todo o nosso sucesso, inclusive o sucesso afegão, ter ministros capazes e honestos nas áreas que mais nos interessam." Gates declarou que, durante sua visita, pretende encontrar soldados dos EUA para dizer a eles: "Estamos nisso para ganhar." O secretário afirmará a Karzai e a outros líderes afegãos que os EUA continuam sendo "parceiros deles por ainda muito tempo", mas que Cabul deve se empenhar no treinamento de forças locais para eventualmente substituir as forças dos EUA. Karzai, cuja reeleição em agosto foi marcada por suspeitas de fraude generalizada, prometeu no seu discurso de posse nomear ministros competentes e honestos e acabar com a "cultura de impunidade".

Gates criticou a tendência de retratar o governo afegão com "pinceladas amplas demais", já que há ministros e governadores competentes no país, como os ocupantes das pastas de Interior e Defesa.O presidente americano, Barack Obama, anunciou na semana passada sua nova estratégia para o Afeganistão, que inclui o envio de mais 30 mil soldados e a retirada de tropas a partir de 2011. 

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