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Katsav não renunciará até caso chegar aos tribunais

Presidente de Israel deixará cargo apenas se for processado

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente israelense, Moshe Katsav, não renunciará ao cargo até que seu caso seja levado aos tribunais, assegura o advogado Tzión Amir, segundo a edição desta segunda-feira do Jornal. Segundo o advogado, Katsav vai esperar pela decisão que será tomada pelo assessor jurídico do governo, Menachem Mazuz. O presidente israelense renunciará apenas se Mazuz decidir processá-lo. Katsav, suspeito de uma longa série de delitos sexuais, entre eles dois estupros, espera a decisão da Procuradoria-Geral do Estado sobre as recomendações dos policiais que investigaram o caso. No domingo, Mazuz recomendou a Katsav que renuncie para facilitar um eventual procedimento legal sobre os delitos dos quais é suspeito, já que de outra forma terá de proceder pela via parlamentar. O assessor jurídico fez essa recomendação em resposta a um recurso apresentado perante a Suprema Corte. Segundo o assessor jurídico, se Katsav continuar desempenhando suas funções como chefe do Estado, poderá criar obstáculos às investigações, já que alguns dos funcionários do gabinete presidencial se negam a prestar testemunho enquanto continuarem trabalhando para o presidente do Estado judeu. Amir sustenta que antes de tomar uma decisão, os advogados defensores querem revisar o material incriminatório recolhido pela polícia e usar o direito que têm outros políticos e personalidades a uma audiência preliminar. Presidente desde 2000, Katsav, de 61 anos, é suspeito de estuprar duas funcionárias, além de casos de agressão sexual, assédio, prevaricação, obstrução à Justiça, escutas telefônicas de seus funcionários, malversação de fundos públicos e violação da confiança. O escândalo explodiu em julho, quando a Presidência reconheceu que Katsav vinha sendo vítima de extorsão por parte de uma mulher que o acusava de assédio sexual, delito que a polícia descartou após as investigações.

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