Kenyatta pode vencer eleição no Quênia

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A contagem dos votos da eleição realizada na segunda-feira no Quênia continuava nesta sexta-feira. O principal candidato, Uhuru Kenyatta, viu seu número de votos chegar perto dos 50% e autoridades disseram à Associated Press que parece provável que ele conquiste a maioria dos votos. Com cerca da 90% das sessões eleitorais apuradas, Kenyatta, que é vice-primeiro-ministro, estava com 49,93% dos votos.O especialista em eleições Tom Wolf, analista e pesquisador do instituto Ipsos Synovate, disse à Associated Press que os votos vindos do Vale do Rift são majoritariamente para Kenyatta. Seu companheiro de chapa, William Ruto, é dessa região do país."Numa escala de zero a 10, a probabilidade de ele superar a marca dos 50% parecer ser de sete ou oito", afirmou ele. "Eu ficarei mais surpreso se ele não superar os 50% do que se ele conseguir, mas nenhuma das opções seria uma surpresa completa."O porcentual de 50% é importante para que Kenyatta não tenha de enfrentar seus principal adversário, o primeiro-ministro Raila Odinga num segundo turno. Um observador eleitoral ocidental disse que a comunidade internacional está formando um consenso a respeito da possibilidade de Kenyatta vencer no primeiro turno. A fonte falou em condição de anonimato. Há também a expectativa de que Odinga não conteste o resultado de uma forma que possa aumentar as chances de violência, disse o observador, mas em vez disso, cumprir sua promessa de respeitar o resultado. A comissão eleitoral anunciou no final da tarde desta sexta-feira (horário local) que pretende encerrar o processo de contagem até o final do dia. Mas com o cair da noite em Nairóbi, alguns observadores questionavam se a comissão realmente anunciaria os resultados durante a noite, quando as forças de segurança teriam mais dificuldades em conter explosões de violência. As eleições de segunda-feira foram as primeiras desde 2007, quando as violência entre as tribos deixou mais de 1.000 mortos. Uma vitória de Kenyatta pode ter amplas consequências para as relações do Quênia com países ocidentais. Filho do fundador do país, Kenyatta é acusado pela Corte Criminal Internacional por sua participação em alguns episódios de violência em 2007. As informações são da Associated Press.

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