23 de setembro de 2015 | 11h13
ROMA - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que está preocupado com o apoio militar da Rússia ao regime do presidente sírio, Bashar Assad, pois isso poderia agravar o conflito no país, segundo uma entrevista publicada nesta quarta-feira, 23, pelo jornal italiano La Stampa.
Kerry explicou que os Estados Unidos já manifestaram sua preocupação ao ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e acrescentou que o apoio militar pode causar "maior perda de vidas, aumentar o fluxo de refugiados, além do risco de criar um conflito com a coalizão que luta contra o Estado Islâmico".
"A brutalidade do regime, que é apoiado pela Rússia, alimentou o crescimento do extremismo. Ou seja, justamente o oposto do objetivo declarado por Moscou, que quer uma maior ação internacional contra o EI", lembrou Kerry.
Na entrevista, o chefe da diplomacia americana falou do "enorme desafio" que a Europa está enfrentando com a chegada dos refugiados. Ele também lembrou que os Estados Unidos destinaram US$ 4.1 bilhões à ajuda humanitária desde o início da crise na Síria, e que o governo decidiu acolher pelo menos 10 mil imigrantes sírios em 2016.
O chanceler Sergei Lavrov disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos estavam cada vez mais receptivos à posição de Moscou com relação ao conflito da Síria. /EFE e REUTERS
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.