12 de setembro de 2013 | 15h29
GENEBRA - O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, rejeitou nesta quinta-feira, 12, a sugestão do presidente da Síria, Bashar Assad, de começar a entregar as informações sobre seu arsenal de armas químicas um mês depois de assinar uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.
Numa entrevista coletiva conjunta concedida em Genebra ao lado do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, Kerry disse que não existe nenhum padrão nesse processo", rebatendo a afirmação de Assad de que o prazo de 30 dias seria padrão.
"As palavras do regime sírio, em nosso julgamento, simplesmente não são suficientes", disse o chanceler americano, voltando a acusar Damasco de ter usado armas químicas - o que é negado pelo governo.
Kerry salientou que os Estados Unidos poderiam atacar a Síria se Assad não aceitar o desmantelamento de seu arsenal químico. "Haverá consequências se isso não acontecer", insistiu.
Pouco antes, a ONU anunciou ter recebido documentos do governo da Síria para a adesão do país à convenção internacional contra o uso de armas químicas. Ao lado de Kerry, Lavrov disse que o desmantelamento do arsenal "tornará desnecessário qualquer ataque contra a República Árabe Síria"./ AP
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