16 de dezembro de 2010 | 14h32
Os casos são vistos como uma espécie de revanche de Putin, por Khodorkovsky ter representado um desafio político a ele quando Putin consolidava seu poder. O atual primeiro-ministro estava em seu primeiro mandato como presidente quando Khodorkovsky foi preso, em 2003, após financiar partidos da oposição.
Putin já chegou a sugerir que Khodorkovsky mandou matar pessoas que estavam atrapalhando seus negócios. O premiê disse que o ex-chefe de segurança da companhia de petróleo de Khodorkovsky, a Yukos, foi condenado por envolvimento em várias mortes. Em seguida, notou que é inverossímil acreditar que ele cometeu os crimes sozinho. Se condenado, Khodorkovsky e seu sócio Platon Lebedev podem pegar até 14 anos de prisão. Com isso, poderiam ficar na cadeia até 2017.
O primeiro-ministro russo não descarta voltar à presidência em 2012. Os críticos suspeitam que ele deseja manter Khodorkovsky encarcerado até depois das eleições. O caso é visto como um teste para o presidente Dmitry Medvedev, que prometeu fortalecer o sistema judicial da Rússia. As informações são da Associated Press.
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