PEQUIM - O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu nesta terça-feira, 8, no nordeste da China com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que fez uma visita surpresa ao país vizinho a poucas semanas de um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.
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Pouco depois do anúncio da reunião, o americano afirmou no Twitter que conversará ainda nesta terça-feira com seu "amigo" Xi sobre comércio e Coreia do Norte. "Vou conversar com meu amigo, o presidente Xi da China, esta manhã às 8h30 (9h30 em Brasília). As principais questões serão relativas ao comércio, um campo em que acontecerão coisas boas, e à Coreia do Norte, com quem estamos construindo relações e confiança", tuitou Trump.
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A emissora estatal chinesa CCTV exibiu imagens de Xi e Kim na cidade de Dalian, durante uma conversa próxima ao mar, enquanto a agência estatal de notícias Xinhua informou que os dois governantes se reuniram na segunda e na terça-feira.
Esta foi a segunda visita de Kim à China desde março, quando os países destacaram os esforços dos aliados da época da Guerra Fria para retomar os laços que foram abalados após o apoio de Pequim às sanções da ONU pelos testes nucleares de Pyongyang. De acordo com analistas, a China, país que é um aliado histórico da Coreia do Norte, não quer ser deixada de lado na histórica reunião de cúpula.
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Kim Jong-un se reuniu com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, no fim de abril e deve se encontrar com Trump nas próximas semanas. "Depois da minha primeira reunião com o camarada presidente (Kim), as relações entre a China e a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) registraram avanços positivos (...). Estou feliz", declarou Xi Jinping, de acordo com a agência de notícias Xinhua. "São resultados positivos da minha reunião histórica com o camarada secretário-geral (Xi)", respondeu o dirigente norte-coreano, segundo a mesma agência.
A imprensa japonesa divulgou imagens de um avião utilizado com frequência por altos funcionários da Coreia do Norte no momento de sua decolagem de Dalian, o que provocou especulações sobre a presença de Kim na cidade chinesa.
Xi se declarou disposto a ter uma nova reunião com Kim em seu desejo de fazer esforços conjuntos para alcançar uma relação bilateral "saudável", obter a paz na península coreana e promover a estabilidade na região, indicou a Xinhua.
Kim visitou a China no fim de março em sua primeira viagem ao exterior desde que chegou ao poder em 2011. Realizada de trem, a visita a Pequim permaneceu em sigilo até o líder norte-coreano retornar a seu país.
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Kim, que nos últimos anos comandou uma série de testes nucleares e de lançamentos de mísseis com capacidade para atingir o território americano, pronunciou-se a favor da desnuclearização da península coreana.
Na reunião de abril na Zona Desmilitarizada que divide as duas Coreias, Kim prometeu ao presidente Moon o fechamento das instalações de testes nucleares em maio e disse que convidaria especialistas americanos para acompanhar o desmantelamento, de acordo com Seul.
Em 2017, a Coreia do Norte realizou o sexto teste nuclear da história do país, o mais potente até agora, e disparou mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) capazes de atingir o território americano. A tensão a respeito da península coreana atingiu o ponto máximo na ocasião, enquanto Kim e Trump trocavam ameaças e insultos pessoais. / AFP