Kirchner propõe reconstrução "plural" do país

Presidente falou sobre as melhorias em seu governo e pediu aos argentinos para que continuem o apoiando

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Por Agencia Estado
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Milhares de pessoas atenderam ao pedido do presidente da Argentina, Nestor Kirchner, e foram à Praça de Maio comemorar o terceiro aniversário do governo. Diante da multidão de mais de 100 mil pessoas, o líder peronista assegurou que irá convocar todos os argentinos a participarem da "reconstrução plural do país". Uma multidão preencheu a praça em frente à sede do governo, onde Kirchner e sua mulher saudaram os manifestantes em meio a centenas de balões e faixas. Data que marca a formação do primeiro governo argentino independente da Espanha, o dia 25 de maio é também um feriado nacional no país. "Quero uma Argentina cada vez mais plural, com trabalhadores e intelectuais", enfatizou Kirchner durante seu discurso. Kirchner disse que seu governo estabilizou a economia argentina, que vinha de uma crise financeira em 2002, e culpou os altos índices de inflação e desemprego nos governos de seus antecessores. Frente à multidão, ele pediu apoio para seus esforços para impulsionar a economia. "Viemos a esta praça para mostrar nossa força, nossa resolução em reconstruir a Argentina." Segundo o presidente, 2,5 milhões de pessoas voltaram a trabalhar durante seu mandato. Ele declarou que o país ganhou liberdade econômica ao pagar seus bilhões de dólares em dívidas ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Reeleição O presidente evitou falar sobre uma possível reeleição, mas analistas políticos acreditam que ele irá concorrer ao pleito presidencial em 2007. O rumor de seus planos para a reeleição cresceu nos últimos dias, impulsionado pelas pesquisas que apontam um salto nível de popularidade e um índice de intenção de votos de 60%. Em seu discurso, Kirchner foi acompanhado por ministros, governadores e até pelas Mães da Praça de Maio, cujos filhos desapareceram durante a ditadura militar do país, entre 1976 e 1983. Em seu breve depoimento, ele prometeu "aprofundar o processo de trocas no país e pediu ajuda dos argentinos para governar". Grupos de oposição passaram dias pedindo que as pessoas não comparecessem ao evento em frente à Casa Rosada, alegando que o presidente está tirando vantagens políticas de um feriado nacional. Mas muitos ignoraram os apelos e mostraram seu apoio a Kirchner. "Historicamente, a praça tem sido um lugar de expressões populares. Por isso, queria vir e apoiar o presidente, e pedir que ele se apresente para a reeleição", afirmou uma das assistentes do evento, Ef Silvia.

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