Kremlin nega intenção de reativar ‘corrida armamentista’ com EUA

Após a apresentação de novas armas nucleares por Vladimir Putin, Washington afirmou que Moscou está violando suas obrigações internacionais

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Por Redação
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MOSCOU - O Kremlin negou nesta sexta-feira, 2, que tenha intenção de reativar uma “corrida armamentista” com os EUA, um dia depois que o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou novas armas nucleares do país, além de um míssil de ‘alcance ilimitado’.

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Vladimir Putinafirmou que o Exército russo dispõe desde 2017 de “complexas armas laser” e “armas hipersônicas”, e citou os novos mísseis de cruzeiro, que têm um alcance ilimitado Foto: EFE/KREMLIN

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“A Rússia não tem intenção de iniciar uma corrida armamentista”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, quem negou as acusações de Washington. Os EUA afirmaram que Moscou está violando suas obrigações internacionais com o desenvolvimento dessas novas armas.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente americano, Donald Trump, expressaram preocupação com a situação. "A chanceler e o presidente estão preocupados com as últimas declarações do líder russo Putin sobre o desenvolvimento de armas e suas consequências nos esforços de controle internacional de sistemas de armamentos", afirmou um comunicado divulgado pelo governo alemão.

Durante seu discurso sobre o estado da nação, Putin explicou que o míssil testado em 2017 tem “alcance praticamente ilimitado”, chega a uma grande velocidade e pode entrar em qualquer sistema antimísseis, transformando o escudo americano em algo “inútil”.

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O Sarmat (SS-X-30 Satan-2, segundo a Otan) é um míssil intercontinental pesado capaz de portar de 10 a 15 ogivas nucleares. “Nossos colegas estrangeiros, como vocês sabem, atribuíram um nome notavelmente ameaçador: Satanás”, declarou o presidente.

Ele também afirmou que o Exército russo dispõe desde 2017 de “complexas armas laser” e “armas hipersônicas”, e citou os novos mísseis de cruzeiro, que têm um alcance ilimitado. “Não mostrei a vocês hoje todas as armas que temos. Por hora, é suficiente. Acredito que tudo que disse em meu discurso sirva para acalmar qualquer agressor em potencial.” / AFP

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