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Lahoud rejeita tribunal internacional para julgar assassinato

Presidente do Líbano alega que a proposta de julgamento do assassinato do ex-primeiro ministro Rafik Hariri fere a Constituição e é contrária aos acordos Taif

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Líbano, Émile Lahoud, rejeitou neste sábado a formação de um tribunal internacional para julgar o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, segundo um comunicado do escritório da Presidência. A nota afirma que Lahoud considera a proposta do Executivo para a formação deste tribunal, promovido pela ONU, "inconstitucional e contrária aos acordos de Taif" assinados em 1989 e que colocaram fim à guerra civil libanesa que começou em 1975. A rejeição acontece quinze dias depois de o Executivo aprovar sua formação e de o presidente ameaçar não assinar o documento. Qualquer lei aprovada pelo governo precisa da assinatura do presidente do país e do Parlamento para que possa entrar em vigor. Lahoud ordena, na nota, que seja reconsiderada a formação do tribunal quando for formado um novo governo que seja constitucional. O presidente sustenta que o Executivo do primeiro-ministro, Fouad Siniora, é inconstitucional e ilegítimo. Lahoud, cristão maronita, e Siniora, sunita, estão em meio a uma feroz luta pelo poder desde o assassinato de Hariri em fevereiro de 2005, que levou à retirada síria do país, principal aliado do atual presidente libanês.

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