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Lars Vilks, sueco autor de caricatura de Maomé, morre em acidente de trânsito

Criticado após desenhar o profeta Maomé com o corpo de um cachorro em 2007, ele chegou a ser alvo de um atentado em 2015 e vivia sob proteção policial

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Por Redação
Atualização:

O cartunista sueco Lars Vilks, alvo de um atentado em Copenhague em 2015 que vivia sob proteção após desenhar o profeta Maomé com o corpo de um cachorro em 2007, morreu no domingo, 4, em um acidente de trânsito na Suécia junto com os dois policiais que faziam sua segurança. 

A polícia sueca confirmou à AFP a morte do cartunista de 75 anos e dos dois policiais em um violento acidente no sul do país. Também descartou a hipótese de um ato intencional.

O artista sueco Lars Vilks durante uma visita a Varsóvia, na Polônia, em agosto de 2021. Foto: AP Photo/Czarek Sokolowski (arquivo)

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"É objeto de investigação como qualquer acidente de trânsito. Como há dois policiais envolvidos, foi aberta uma investigação por uma seção específica da promotoria", disse um porta-voz da polícia local à AFP.

O acidente ocorreu na tarde de domingo em uma estrada na comuna de Markaryd, sul do país, quando o carro se chocou contra um caminhão que viajava no sentido contrário, explicou a polícia em um comunicado. Os dois veículos pegaram fogo após a colisão.

Segundo o jornal Expressen, o veículo policial, que andava em alta velocidade, cruzou uma cerca de segurança por motivos ainda não determinados antes de colidir com o caminhão. O motorista do caminhão foi hospitalizado, indicou a polícia.

Após seu cartum de Maomé como um cachorro, Vilks passou a viver sob proteção quase ininterrupta devido a inúmeras ameaças e ataques de fundamentalistas islâmicos.

Em 14 de fevereiro de 2015, um jovem dinamarquês de origem palestina abriu fogo durante um debate sobre liberdade de expressão em Copenhague, organizado após o ataque mortal à revista Charlie Hebdo em Paris.

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Vilks e o embaixador francês saíram ilesos, mas um cineasta dinamarquês de 55 anos foi morto pelo jovem, que horas depois matou um guarda da sinagoga de Copenhague. O agressor morreu no dia seguinte em um confronto com a polícia dinamarquesa. / AFP e REUTERS

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