O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é um "criminoso de guerra" por sua atuação no Iraque, afirmou neste sábado o presidente da ultradireitista Frente Nacional (FN) francesa, Jean-Marie Le Pen. As declarações do líder de extrema direita foram feitas durante um comício de seu partido em Vichy, no leste da França. "Tenho a obrigação de constatar que George Bush é um criminoso de guerra", ressaltou Le Pen, em referência à publicação pelo Senado americano de um relatório que refuta uma das justificativas utilizadas para que os EUA invadissem o Iraque. De acordo com o relatório, Saddam Hussein, o governante iraquiano deposto, não tinha vínculos com a rede terrorista Al-Qaeda e nem deu apoio material à organização terrorista. Bush justificou a intervenção militar como uma forma de "implementar um sistema democrático, justo e de paz", lembrou Le Pen, ao destacar que, atualmente, "há aproximadamente cem mortos por dia devido aos enfrentamentos religiosos". "Há algo pior que o autoritarismo: é a guerra civil, é o caos e a anarquia, com as conseqüências dramáticas verificadas no Iraque e que ameaçam se agravar", afirmou. O relatório do Senado americano afirma também que Saddam Hussein não tinha um programa nuclear ativo ou um laboratório móvel para fabricar armas biológicas.