18 de agosto de 2010 | 00h00
Para os críticos, ela foi um fracasso, sugou recursos, matou incontáveis iraquianos, voltou milhões de pessoas contra os EUA e fortaleceu o Irã. Seus defensores dizem que ela depôs um tirano, possibilitou a construção de uma democracia e, com a ajuda de uma espécie de Plano Marshall, proporcionará uma aliança estratégica com os iraquianos.
O Iraque de hoje não transmite a impressão apocalíptica de 2007, quando 3 mil pessoas eram mortas todos os meses. Mas guerras de tal magnitude nunca têm o resultado esperado. Os iraquianos estão insatisfeitos, principalmente com a corrupção. Houve, na verdade, vários fracassos, entre os quais a incapacidade de manter a eletricidade de Bagdá por mais de algumas horas por dia. Com frequência, os iraquianos se irritam com a precariedade da infraestrutura, apesar do dinheiro gasto.
Americanos dizem que muitas lições foram aprendidas e a segurança melhorou. Hoje, morrem cerca de 300 pessoas por mês. O custo, porém, foi alto, com mais de 4.400 americanos mortos e 32 mil feridos. Para os iraquianos, a presença americana deixa um legado misto, um sentimento que vai da hostilidade à gratidão. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
É JORNALISTA DO "CHRISTIAN SCIENCE MONITOR"
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