Legistas investigam se há equatorianos entre vítimas

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Por Expedito Filho
Atualização:

Quito - O diretor do Departamento de Medicina Legal do Equador, Marcelo Jacome, disse que se tornou prioritário, em seu trabalho de identificação dos 22 guerrilheiros mortos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), afastar ou confirmar a possibilidade de que um equatoriano tenha sido morto durante o ataque promovido pela Colômbia e que culminou na morte do número 2 da guerrilha, Raúl Reyes. Em entrevista no Brasil, o presidente do Equador, Rafael Correa, disse que declararia guerra à Colômbia, caso se confirme a morte de um equatoriano. "Do ponto de vista técnico é preciso descartar as diversas hipóteses. Primeiro, se há equatorianos entre os 22 mortos. Depois, vamos ver quantos deles são colombianos e quantos mexicanos", explicou Jacome, em entrevista exclusiva ao Estado. Entre os mortos estão 17 homens e 5 mulheres e até agora nenhum parente apareceu para reclamar pelos corpos. Ainda não há previsão de quanto o trabalho se encerrará, mas Jacome teme que a demora na identificação acabe causando um problema de saúde pública. "Isso pode demorar semanas e até meses, mas temos que recolher material o mais rápido possível para que a deterioração não acabe provocando um caso de saúde pública", disse. Para ele, o importante agora é encerrar a catalogação das digitais de todos os mortos. Serão feitos ainda o levantamento das arcadas dentárias e a identificação de DNA dos mortos.

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