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Libanês seqüestrado no Paraguai é libertado após resgate

Resgate de comerciante, investigado por ligação com Hezbollah, foi de US$ 150 mil

Por Agencia Estado
Atualização:

O comerciante libanês Mohamad Barakat, seqüestrado no começo de março na fronteira entre Paraguai, Brasil e Argentina, foi libertado nesta segunda-feira, 26, após pagamento de resgate, informou a polícia paraguaia. Barakat mora na cidade paraguaia de Ciudad del Este, a cerca de 350 quilômetros de Assunção e na fronteira com a brasileira Foz de Iguaçu (Paraná) e a argentina Puerto Iguazú, na zona chamada Tríplice Fronteira. O libanês e outros membros de sua família são investigados pelos Estados Unidos por suposto vínculo com uma rede de financiamento da organização Hezbollah. "Foi libertado na madrugada e está em sua casa. Ainda não tenho maiores detalhes", disse a jornalistas o comandante da polícia paraguaia, Fidel Isasa. Um amigo da família disse que Barakat está em boas condições físicas e que sua família pagou US$ 150 mil por sua libertação. Os seqüestrados haviam exigido inicialmente US$ 3 milhões. Ele também afirmou que o comerciante passou a maior parte do tempo em Ciudad del Este e que esteve sempre de olhos vendados. Mesmo assim, disse ter identificado entre seus sequestradores paraguaios, brasileiros e argentinos. A Tríplice Fronteira é vista por Washington como uma região na qual poderiam estar financiadores de atividades terroristas, algo que os governos de Argentina, Brasil e Paraguai negam. Assad Ahmad Barakat, primo do seqüestrado, é considerado pelo Departamento de Estado norte-americano o líder de um dos maiores braços financeiros do Hizbollah no Líbano. Ele está preso no Paraguai, cumprindo pena de seis anos por evasão fiscal. A família de Barakat é proprietária de uma importadora de produtos eletrônicos na Ciudad del Este.

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