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Líbano ameaça suspender envio de tropas ao sul do país

A Casa Branca evitou criticar a ação israelense, notando que Israel agiu em reação ao contrabando de armas

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo libanês ameaçou interromper o envio de tropas para o sul do país, depois que comandos israelenses atacaram no Vale do Bekaa, dentro do território do Líbano, a despeito de um cessar-fogo com guerrilhas do Hezbollah, que já dura seis dias. Autoridades israelenses dizem que o ataque foi deflagrado para impedir uma operação de contrabando de armas, mas o Líbano afirma que a ação violou a trégua negociada pela ONU. Um militar israelense foi morto enfrentando os guerrilheiros, e dois outros ficaram feridos, um com gravidade. O primeiro-ministro libanês, Fuad Saniora, acusou Israel de "flagrante violação da cessação de hostilidades anunciada pelo Conselho de Segurança" das Nações Unidas, e disse que levaria a questão ao secretário-geral Kofi Annan. O ministro da Defesa, Elias Murr, ameaçou deter o envio de tropas libanesas se as nações Unidas não agirem contra Israel. Militares israelenses disseram que o ataque foi lançado "para evitar e interferir com atividade terrorista contra Israel, especialmente o contrabando de armas do Irã e da Síria para o Hezbollah". O porta-voz da chancelaria israelense, Mark Regev, disse que essas incursões podem continuar até que o exército libanês e as forças de paz da ONU assumam o controle da fronteira síria, para garantir que as armas não cheguem ao Hezbollah. A Casa Branca evitou criticar a ação israelense, notando que Israel agiu em reação ao contrabando de armas, e que a resolução da ONU pede que se evite que armas cheguem às mãos do Hezbollah. Em linhas gerais, o cessar-fogo determina que o Hezbollah interrompa todas suas atividades militares, e que Israel se abstenha de realizar operações ofensivas.

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