22 de outubro de 2012 | 07h36
BEIRUTE - A situação continua tensa no Líbano, depois da onda de violência na noite de domingo, 22, desencadeada após o funeral do chefe de Inteligência da Polícia, general Wisam al Hassan. Ele foi assassinado na sexta-feira, 20, em um atentado em Beirute. Ao menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em vários pontos do país, informou a imprensa libanesa.
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Durante a noite, houve confrontos entre manifestantes sunitas (credo de Hassan) e xiitas em Trípoli e na região de Iqlim al Jarrub. Além disso, houve confrontos e um tiroteio no bairro de Tariq al Jadid, em Beirute, de maioria sunita, entre grupos rivais.
Várias estradas continuam fechadas com pneus incendiados. Os colégios e universidades do norte do país não abriram hoje suas portas por causa da situação da segurança.
Atentado
O assassinato de Hassan ameaça detonar tensões sectárias latentes no Líbano, já agravadas pelo conflito na Síria- cujo governo é acusado por sunitas e cristãos libaneses de estar por trás do atentado que matou o militar.
Após o enterro, milhares de libaneses se juntaram em um protesto pacífico na Praça dos Mártires, em Beirute, acusando seu premiê de manter laços próximos demais com o ditador sírio, Bashar Assad, e seus aliados do grupo xiita Hezbollah - que integra o governo de Mikati. Um grupo marchou em direção ao gabinete do premiê, cujo acesso estava interditado por arame farpado. Enquanto ultrapassavam as barreiras, os manifestantes atacavam a polícia com pedras e garrafas.
"O governo deve cair, mas queremos que isso ocorra pacificamente", disse o opositor Saad al-Hariri após o confronto. Durante a noite, manifestantes impediram acesso ao aeroporto de Beirute e a outras vias com pneus em chamas. Sunitas levantaram bloqueios no subúrbio, lembrando os tempos da guerra civil libanesa. Washington e Beirute fizeram ontem um acordo verbal para que os EUA ajudem a investigar a morte de Hassan.
Com agências de notícias
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