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Líbano: ministra israelense aceita proposta de corredores humanitários

A França fez pressão para a abertura de corredores terrestres e marítimos para assegurar que a ajuda humanitária chegue aos civis libaneses

Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni afirmou nesta sexta-feira que é favorável à proposta da França de abertura de corredores humanitários no Líbano e pediu que o governo francês use sua influência na região para pressionar o desarmamento do Hezbollah. "Aceitamos a proposta dos corredores humanitários porque não estamos em guerra contra o Líbano, ou seu governo, ou sua população civil. Estamos em guerra contra o Hezbollah", disse a ministra em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro nesta sexta-feira. Livni pediu que o governo francês continue com seus esforços diplomáticos no país para "completar seu magnífico trabalho no Líbano". A ministra pediu que a França pressione a aplicação total da resolução 1559 da ONU, que pede, em parte, o desarmamento de todas as milícias do Líbano. A França fez pressão para a abertura de corredores terrestres e marítimos para assegurar que a ajuda humanitária chegue aos civis libaneses. O país tem um longo histórico de ligações com sua ex-colônia, o Líbano e está na linha de frente das negociações para resolver a crise. Pressão sobre Israel O ministro de Cultura do Líbano, Tareq Mitri, pediu à comunidade internacional que pressione Israel para estabelecer corredores humanitários, a fim de socorrer as vítimas da ofensiva israelense no país. Mitri voltou pedir à comunidade internacional que "faça pressão" sobre Israel para a criação de corredores "efetivos", que possam socorrer a população civil. O ministro disse que a ofensiva militar israelense contra o Líbano já deixou 600 mortos, 3.200 feridos e 860 mil deslocados. "Dos 160 mil caminhões existentes no Líbano, apenas 200 circulam atualmente, pois se tornaram alvos dos aviões israelenses", disse. Em relação à criação de uma força internacional, Mitri disse que "o Líbano está aberto a qualquer proposta", mas afirmou que sua aprovação deverá ser examinada pelo Governo libanês. O ministro revelou também que, na "medida do possível", está tentando preservar o patrimônio histórico do Líbano. Após ter pedido ajuda à Unesco para a conservação de Baalbeck e Tiro, o Governo está se esforçando, em nível local, para conscientizar os diferentes grupos libaneses para que "não dêem pretextos" para os bombardeios de Israel.

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