20 de agosto de 2010 | 19h03
Al-Megrahi é a única pessoa condenada por ligação com o atentado. Em 2001, ele foi condenado a 27 anos de prisão, mas em 20 de agosto de 2009 foi libertado por razões humanitárias, pois sofre de câncer de próstata.
Em comunicado pedindo à Líbia que mostre prudência, o Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha descreveu o atentado à bomba que matou as 259 pessoas que estavam a bordo e 11 que estavam em terra como "o pior ato de terrorismo da história britânica".
Antes da libertação de al-Megrahi, que estava numa prisão escocesa, os médicos disseram que ele provavelmente viveria apenas por mais três meses. Muitos familiares das vítimas ficaram indignados com a recepção como herói que ele recebeu ao voltar para a Líbia e com sua longevidade.
"Particularmente neste aniversário entendemos a contínua angústia que a libertação de al-Megrahi causa aos familiares das vítimas tanto na Grã-Bretanha quando nos Estados Unidos", disse a chancelaria. "Qualquer celebração da libertação de seria revoltante, ofensiva e profundamente insensível", acrescentou.
A decisão de libertar al-Megrahi foi tomada pelo governo escocês e não pelo governo britânico, em Londres. O primeiro-ministro David Cameron, que na época era líder da oposição, condenou a medida. "O governo está certo de que a libertação de al-Megrahi foi um erro, tanto o atual primeiro-ministro quanto o atual ministro de Relações Exteriores deixaram isso claro na época", diz o comunicado do ministério.
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