15 de novembro de 2013 | 18h05
Além das 22 pessoas mortas, mais de 130 ficaram feridas, informou a agência local de notícias Lana com base em informes de dois hospitais de Trípoli.
A situação, no entanto, tornou-se caótica e observadores advertem que o número de vítimas pode aumentar ainda mais.
Os milicianos abriram fogo contra os manifestantes desarmados, segundo relatos de testemunhas. No ataque, os milicianos fizeram uso de metralhadoras e granadas propelidas por foguetes.
No momento do ataque, dezenas de milhares de líbios participavam da maior mobilização popular contra as milícias desde 2011, quando ocorreu o assassinato do então ditador Muamar Kadafi.
As milícias que ajudaram a derrubar Kadafi saíram de controle nos meses seguintes à deposição de Kadafi e minaram sucessivos governos de transição na Líbia nos últimos anos.
Apesar dos relatos de diversas testemunhas de que os manifestantes atacados estavam desarmados, o primeiro-ministro líbio, Ali Zaidan, acusou tanto os milicianos quanto os participantes do protesto pela violência.
Hanan Saleh, pesquisadora da organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch em Trípoli, disse à Associated Press que a situação na cidade é caótica. "Homens armados continuam circulando por aí", disse ela. "Acreditamos que o número de mortos vai aumentar ainda mais", prosseguiu ela. Fonte: AP.
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