ROMA - As autoridades líbias advertiram a Itália para a suposta existência de uma célula extremista perto de Milão, ao norte do país, que teria vínculos com um comandante do grupo Estado Islâmico (EI), informou a imprensa italiana.
Documentos descobertos por agentes líbios na cidade de Sirte, retomada pelas forças pró-governo semana passada, revelam a existência dessa rede, informaram meios de comunicação italianos, entre eles o jornal Corriere della Sera.
A célula extremista estaria localizada perto de Milão e estaria ligada a Abu Nasim, um tunisiano de 47 anos que viveu no país durante a sua juventude, antes de lutar no Afeganistão e na Síria, e se tornar um comandante do EI na Líbia em 2014.
A Itália, cujo nível de alerta está em nível elevado pelo temor de um ataque terrorista, se preocupa com a possibilidade de combatentes do EI atravessarem o Mediterrâneo nas embarcações de migrantes que chegam ao local, a fim de realizar ataques no país.
A expulsão de imigrantes por suposta radicalização aumentou nas últimas semanas.
Batalha. O EI havia tomado o controle, em junho de 2015, Sirte, uma cidade na costa do Mediterrâneo, mas a ofensiva das forças pró-governo, com o apoio dos bombardeios aéreos americanos, forçaram os extremistas a se limitar a alguns bairros. Mais de 300 milicianos pró-governo morreram e 1.800 ficaram feridos desde o início da ofensiva.
Neste domingo, 14, depois de retomar o quartel-general do EI e o campus universitário, as forças do governo líbio continuavam avançando. /AFP