Rebeldes líbios receberam fundos de doações para pagar salários de servidores do setor públicos nas áreas controladas por rebeldes, confirmou o Reino Unidos nesta quarta-feira, 29. Já a França, anunciou que enviou em junho armas a civis em áreas sitiadas pelas forças do líder líbio Muamar Kadafi.
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O Secretário de Relações Exteriores britânico, Willian Hague, disse a parlamentares que um primeiro pagamento de US$ 100 milhões em ajuda foi feito ao principal grupo de oposição ao regime de Kadafi.
Em uma reunião nos Emirados Árabes Unidos mais cedo neste mês, o grupo de rebeldes que mantém contato com as forças internacionais pediu mais de US$ 1,3 bilhões em ajuda.
O Conselho de Transição Nacional da Líbia disse que o dinheiro será usado para pagar o salário de professores, garis e outros trabalhadores. O Ministro das Finanças da oposição, Ali Tarhouni, fez diversos pedidos urgindo por ajuda financeira, e avisou na última terça que hospitais na cidade de Benghazi estariam com baixo estoque de medicamentos.
Armas francesas
As entregas de armas, lança-granadas e munições ocorreu no início de junho nas montanhas ocidentais Nafusa, quando as forças de Kadafi tinham sitiado civis e seu governo recusou um pedido da ONU para permitir a passagem de um carregamento de ajuda humanitária, o coronel Thierry Burkhard, disse.
Após ter informado as Nações Unidas, a França enviou por ar ajuda humanitária, incluindo alimentos, água e suprimentos médicos para os civis cercados na região, mas desde então a situação se deteriorou ainda mais, disse ele.
"Da mesma maneira, a França também enviou equipamento que lhes permitia defender-se, o que quer dizer armas e munições", disse Burkhard à Associated Press por telefone.
As armas foram enviadas em paraquedas e incluíam "artefatos de auto-defesa", como armas de assalto, metralhadoras, lança-granadas e munições, disse ele.