22 de julho de 2010 | 00h00
O governo venezuelano ameaçou ontem expropriar veículos usados no transporte público de passageiros se os motoristas não interromperem os protestos por melhores condições de segurança. O diretor do Grupo Nacional de Taxistas, Abad Márquez, disse ao jornal El Nacional que caminhonetes, ônibus e táxis podem ser tomados pelo governo, afetando cerca de 1,2 milhão de trabalhadores diretos e indiretos que dependem da atividade.
Alí Pobeda, representante do Movimento para a Defesa do Patrimônio Público, afirmou que o governo pretende declarar os veículos particulares "bens de utilidade pública" por causa do fracasso da frota oficial paralela de transporte.
O serviço foi criado há cerca de dois anos para substituir as 400 mil unidades de cooperativas e linhas de passageiros por uma frota governamental. A mudança custou 408 milhões de bolívares fortes (US$ 94,8 milhões) e boa parte dos veículos está parada.
Segundo a Federação de Cooperativas de Transporte, dos 400 ônibus que foram colocados em circulação pelo grupo, 100 continuam em operação. A entidade alega que a falta de investimento do governo prejudica a reposição da frota, que deveria ser renovada a cada dez anos.
Subsídio estudantil. As empresas privadas de transporte acusam ainda o governo de não repassar o subsídio para as passagens escolares. O Executivo é responsável por 70% da passagem dos estudantes. As empresas dizem que estão bancando as viagens dos estudantes.
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