MADRI - O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, não pode resolver a crise política com Madri apenas convocando eleições regionais, disse o ministro de Justiça espanhol, Rafael Catalá, nesta terça-feira, 24.
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Madri anunciou que vai impor um regime direto sobre a Catalunha para combater uma tentativa de independência que a corte constitucional espanhola declarou ilegal, invocando poderes nunca antes utilizados para desfazer o governo regional e forçar a realização de novas eleições. O Senado da Espanha planeja votar a implementação do regime direto na sexta-feira.
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“Quando o governo propõe uma opção tão extrema quanto o Artigo 155 é porque acreditamos que houve um sério fracasso de Puigdemont em cumprir suas obrigações”, disse o ministro da Justiça em entrevista. “Tudo não é consertado apenas convocando uma eleição.”
Na quinta-feira, o Parlamento da Catalunha realizará uma sessão plenária na qual discutirá uma resposta a Madri após o governo central espanhol ter anunciado que vai impor regime direto sobre a região.
A realização da sessão era uma exigência do grupo mais radical do separatismo na Catalunha, o partido de extrema esquerda CUP, que alertou, em um comunicado que a intervenção no governo regional por parte de Madri terá uma resposta na "desobediência civil em massa". / REUTERS e AFP