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Líder catalão quer liderar governo desde a Bélgica e planeja vencer eleição

Puigdemont diz que de Bruxelas, 'apoiados por uma estrutura estável que iniciamos hoje para coordenar as ações do governo', denunciará a politização da Justiça espanhola

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Por Redação
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MADRI - O presidente destituído da região da Catalunha, Carles Puigdemont, vai criar uma "estrutura estável" que coordene seu governo da Bélgica, e se fixou como objetivo a vitória do secessionismo nas eleições de dezembro e a liberdade de quem classifica como "presos políticos".

Pesquisa prevê disputa acirrada para a Catalunha Em sua "Carta da Bélgica", divulgada nesta quinta-feira através de vários meios de comunicação, Puigdemont se dirige aos catalães assegurando que entende "a desorientação causada por nossa falta de respostas rápidas perante os ataques desmesurados contra os representantes e as instituições legítimas catalãs". Perante o que chama de "complexo cenário", o ex-presidente catalão adverte que seu "governo legítimo" cumprirá suas obrigações.

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Puigdemont diz que de Bruxelas, "apoiados por uma estrutura estável que iniciamos hoje para coordenar as ações do governo", denunciará "a politização da Justiça espanhola, sua falta de imparcialidade e sua vontade de perseguir as ideias". Além disso, reafirmará " a aposta do povo catalão no direito à autodeterminação, no diálogo e em uma solução estipulada".

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O líder independentista denuncia na carta o que considera "a decadência democrática do Estado espanhol, assim como os abusos de uma União Europeia que tolerou, e inclusive amparou de forma vergonhosa, as atuações repressivas espanholas". Carles Puigdemont antecipa que "o roteiro para as próximas semanas é claro e nítido" e que, perante a aplicação das medidas do governo espanhol contra o secessionismo, agora "é preciso afugentar democraticamente das nossas instituições os que as quiseram fazer suas com um golpe de Estado".

O governador deposto da Catalunha,Carles Puigdemont, em uma coletiva de imprensa emBarcelona. Foto: Lluis Gene / AFP

O Executivo central, presidido por Mariano Rajoy, destituiu o governo da Catalunha, dissolveu seu parlamento e convocou eleições regionais para o 21 de dezembro. "Por isso encaramos as eleições propostas pelo Estado espanhol no dia 21 como um desafio para recuperar a plena democracia sem presos, sem vinganças, sem imposições, sem fúria e cheia de futuro, de diálogo e de acordo", escreve Puigdemont na carta. O outro "elemento central do roteiro", segundo Puigdemont, é "conseguir a libertação dos presos políticos sequestrados pelo Estado espanhol, o vice-presidente, os sete conselheiros e os presidentes da Òminum Cultural e da Assembleia Nacional Catalã" - organizações independentistas que promoveram as mobilizações a favor da secessão. / EFE

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