Líder da Al-Qaeda pede vingança por prisão de cientista

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Por AE
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O número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pediu hoje aos muçulmanos que se vinguem da sentença dada a Aafia Siddiqui, uma cientista muçulmana condenada a 86 anos de prisão por uma corte dos Estados Unidos. A declaração foi divulgada pelo serviço de monitoramento desse tipo de mensagem SITE. Zawahiri fez o apelo em uma mensagem de áudio intitulada "Quem irá vingar a cientista Aafia Siddiqui", divulgada em fóruns que incentivam e reúnem militantes, informou o grupo de inteligência SITE, sediado nos EUA.Zawahiri prometeu "atacar (norte-americanos) sempre que eles atacarem" os muçulmanos. Segundo ele, a nação islâmica não deixará de perseguir os cidadãos dos EUA. O líder extremista disse aos paquistaneses que "o governo (local) os humilhou ao deixar que os norte-americanos e os cruzados ocupem o país". Ele pediu que os paquistaneses adotem "o único caminho disponível", o da guerra santa para "libertar Aafia Siddiqui".Em 23 de setembro, uma corte de Nova York condenou Siddiqui pela tentativa de homicídio contra agentes dos EUA no Afeganistão. A pena causou revolta no Paquistão. Siddiqui, uma mãe de três filhos, foi culpada por segurar um rifle em uma delegacia na cidade afegã de Ghazni, onde ela estava sendo interrogada em julho de 2008, e por tentar atirar em um grupo de militares dos EUA e de agentes do FBI. Os promotores afirmam que ela abriu fogo, gritando "morte à América!".Ninguém ficou ferido no incidente e a cientista ainda levou um tiro antes de ser detida. Ela não foi acusada por terrorismo, mas sim pelo incidente e por levar componentes químicos perigosos a Karachi e por documentos referindo-se a pontos importantes de Nova York, como o Empire State Building, como alvos. Siddiqui é uma neurocientista que estudou no prestigioso Massachusetts Institute of Technology (MIT) e na Universidade Brandeis. Durante o julgamento, ela pediu calma aos muçulmanos.A última mensagem de Zawahiri havia sido divulgada em julho. Na ocasião, o vice de Osama bin Laden no comando da rede extremista atacou a França por sua investida para impedir mulheres de usarem vestimenta islâmica que cobre o corpo todo em público. As informações são da Dow Jones.

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