Líder de comissão no Congresso diz não haver provas de acusações de Trump contra Obama

Para Devin Nunes, o suposto 'grampo' na Trump Tower durante a campanha nunca ocorreu

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WASHINGTON - O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Devin Nunes, disse nesta quarta-feira, 15, que não há provas das acusações feitas pelo presidente Donald Trump contra seu antecessor, Barack Obama, sobre o suposto "grampo" telefônico na Trump Tower. Para ele, o monitoramento não ocorreu. 

"Não possuímos nenhuma prova de que isto tenha acontecido. Não acredito que havia um grampo na Trump Tower", afirmou Nunes aos jornalistas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, atacou pelo Twitter o jornalista que revelou parte de sua declaração de impostos de 2005 Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais

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O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes é o encarregado de investigar a suposta interferência do governo russo nas eleições presidenciais americanas, uma investigação na qual Trump solicitou que também fossem incluídas as supostas práticas de escuta ilegal que, segundo ele, foram feitas pelo Executivo de Obama. As evidências, no entanto, indicam que Trump mentiu. 

O Departamento de Justiça pediu na última segunda-feira ao Congresso maior margem de tempo para apresentar as provas sobre a acusação de Trump contra Obama, algo que deverá fazer até 20 de março. Ontem, o porta-voz de Trump, Sean Spicer, disse ter certeza de que o Departamento de Justiça apresentará essas provas.

O principal democrata no Comitê de Inteligência, Adam Schiff, por sua vez insistiu hoje que não há nenhuma prova que sustente as acusações do presidente, que qualificou de "irresponsáveis".

Além disso, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, afirmou hoje que nunca disse a Trump que Obama teria ordenado grampear suas comunicações. Por outro lado, dois senadores republicanos, Lindsay Graham e Sheldon Whitehouse, fizeram um pedido ao diretor do FBI, James Comey, para que publique qualquer documento que possa ter a ver com as acusações de Trump. / EFE