HONG KONG - A líder de Hong Kong Carrie Lam se desculpou novamente nesta terça-feira, 18, por apoiar a lei de extradição para a China continental. Após protestos violentos na cidade, Lam disse que ouviu o povo "em alto e bom som".
A lei abria a possibilidade de extradição de pessoas para o a China continental, que controla Hong Kong. Cerca de dois milhões de pessoas foram às ruas protestar nesse domingo, 16.
Lam tem o apoio de Pequim. Ela disse que não havia prazo recomeçar as discussões sobre a lei, e que não o faria caso o governo não conseguisse resolver o impasse com a população.
Muitos acusam a China de tentar aumentar seu controle sobre a população da cidade, uma vez que as cortes judiciais chinesas são fortemente controladas pelo Partido Comunista. Desde que a emenda foi proposta, em fevereiro, Lam rechaçou as preocupações levantadas por grupos empresariais, advogados, juízes e governos estrangeiros contra a lei.
Críticos afirmam que a lei de extradição prejudicaria o estado de direito em Hong Kong, garantido pela fórmula "um país, dois sistemas". Isso porque os extraditados para a China ficariam impedidos de receber um julgamento justo.
Lam já havia publicado um pedido de desculpas por escrito no domingo, mas foi insuficiente para pacificar o ânimo dos protestantes, que duvidavam de sua capacidade para governar Hong Kong.