Líder de Mianmar defende prisão de jornalistas que investigavam massacre de rohingyas

Aung San Suu Kyi afirma que Wa Lone e Kyaw Soe Oo não foram julgados por sua profissão, ‘mas por terem infringido a lei’

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Por Redação
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HANÓI - A líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, defendeu nesta quinta-feira, 13, a prisão de dois jornalistas da agência de notícias Reuters condenados por investigar o massacre dos muçulmanos rohingyas pelo Exército do país, rompendo seu silêncio sobre o caso.

"Se você acredita no Estado de direito, eles (os jornalistas) têm todo o direito de recorrer da sentença", disse Aung San Suu Kyi Foto: Bullit Marquez / AP

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"Não foram julgados por serem jornalistas, mas por terem infringido a lei", declarou ela durante o Fórum Econômico Mundial da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Hanói. "Se você acredita no Estado de direito, eles (os jornalistas) têm todo o direito de recorrer da sentença."

A ganhadora do prêmio Nobel da Paz foi alvo de muitas críticas no exterior por não ter se pronunciado até então sobre caso.

A Justiça de Mianmar condenou a sete anos de prisão os jornalistas Wa Lone, de 32 anos, e Kyaw Soe Oo, de 28 anos, por violação da lei sobre segredos de Estado.

Aung San Suu Kyi admitiu que o Exército de Mianmar poderia ter "administrado melhor" a crise dos rohingyas, que provocou o êxodo para Bangladesh de 700 mil membros da minoria muçulmana.

Pan Ei Mon (dir.) eChit Su Win (esq.), mulheres dos jornalistasWa Lone eKyaw Soe Oo, respectivamente, participam de evento em apoio aos presos Foto: Nyein Chan Naing / EFE

"A situação poderia ter sido melhor administrada", afirmou ela, ao comentar as acusações de "genocídio" formuladas contra o Exército de Mianmar por investigadores da ONU no fim de agosto. / AFP

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