Atualizado às 16h05
CAIRO - O presidente do partido Democrático Nacional (PND) do Egito, Hossan Badrawi, disse nesta quinta-feira, 10, que o presidente do Hosni Mubarak, fará um pronunciamento ainda hoje sobre a crise no Egito. Em entrevista à BBC, Badrawi afirmou também que 'espera' que o ditador transfira o cargo para o vice-presidente Omar Suleiman. Por volta das 16h, o ministro da Informação foi à TV estatal para negar que Mubarak esteja de saída.
Veja também:Infográfico:A revolução que abalou o mundo árabe TV Estadão: Veja imagens dos protestos na praça Tahrir Artigo: De que lado está o Exército egípcio? Radar Global: Personagens, curiosidades e análises da criseA cúpula das Forças Armadas está reunida no Cairo e também prometeu fazer um comunicado que 'responderá à demanda dos manifestantes'. Mais cedo, o premiê Ahmed Shafiq disse à BBC Árabe que o cenário da saída de Mubarak estava sendo discutido. A rede de TV americana NBC diz em seu site, citando 'fontes do governo egípcio' que Mubarak irá renunciar hoje e que Suleiman assumirá.
Badrawi disse em entrevista à BBC posteriormente que seria "surpreendente se Mubarak continuasse como presidente" até a sexta-feira. O chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, Leon Panetta, disse que a probabilidade de que Mubarak deixe o poder é grande.
Na praça Tahrir, onde diariamente os manifestantes se reúnem, o general Hassan al-Roueini disse que "todas as demandas dos egípcios serão atendidas". De acordo com um porta-voz do Exército, a cúpula se reuniu sem Mubarak, que é o comandante-em-chefe das Forças Armadas e apoia as demandas legítimas do povo.
"O conselho está em sessão permanente para analisar que medidas e acordos podem ser feitos para salvaguardar a nação, as aspirações e ambições deste grande povo", disse. Os protestos pela renúncia de Mubarak entraram no 17º dia impulsionados por uma série de greves por todo país. Na quarta, 2 mil trabalhadores do canal de Suez, ponto vital da economia egípcia, além dos setores têxtil e farmacêuticos, cruzaram os braços. Nesta quinta funcionários dos transporte público, médicos e advogados também pararam. Leia ainda:
Jovens que iniciaram protestos pedem renúncia de vice Arábia Saudita se oferece para apoiar MubarakChanceler egípcio vê risco de golpe militar no paísExército deteve e torturou manifestantes
Com Reuters e AP