Líder de rede ligada à Al-Qaeda é morto no Paquistão

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque que matou Nasiruddin Haqqani

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ISLAMABAD - Homens armados mataram a tiros Nasiruddin Haqqani, líder de um grupo militante ligado à Al-Qaeda, informaram nesta segunda-feira, 11, um comandante taleban e funcionários da inteligência. Importante financiador da chamada "rede Haqqani", Nasiruddin foi morto a tiros por homens armados que estavam numa motocicleta na noite de domingo numa área residencial chamada Bhara Kahu, periferia de Islamabad, que fica a poucos quilômetros da embaixada americana. Ele havia parado para comprar pão numa padaria local, disse Tanveer Ahmed, que estava nas proximidades quando o ataque aconteceu, mas só soube da identidade da vítima mais tarde. Manchas de sangue ficaram espalhadas pelo chão e há buracos de balas na parede da padaria. A rede Haqqani é importante aliada do Taleban afegão e prometeu fidelidade a seu líder, o mulá Omar, embora opere de forma relativamente independente. A presença de Nasiruddin na capital do Paquistão pode levantar questões em Washington.

Autoridades americanas acusam a inteligência paquistanesa de apoiar a rede, acusação negada por Islamabad. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. A morte de Nasiruddin acontece menos de duas semanas depois de os EUA terem matado Hakimullah Mehsud, líder do Taleban paquistanês, durante um ataque com drones, um dia antes de o Paquistão convidá-lo para conversações de paz. Após o ataque, o corpo de Nasiruddin foi levado para a cidade de Miran Shah, que fica na área tribal do Waziristão do Norte - principal santuário da rede no Paquistão - onde deveria ser enterrado na tarde desta segunda-feira, informaram o comandante taleban Ahsanullah Ahsan e um funcionário da inteligência. Dois integrantes do grupo também confirmaram a morte de Nasiruddin. Ele era considerado um importante financiador e emissário da rede Haqqani, atualmente liderada por seu irmão, Sirajuddin Haqqani. Seu pai, Jalaluddin Haqqani, fundou o grupo, mais conhecido por lutar contra os soviéticos após a invasão do país em 1979./ AP

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